Carolina, mãe da Júlia

“Carla, queria te agradecer de novo por tudo!! Lembro de flashes do processo todo e do quanto foi importante você estar lá…. Me lembrando de respirar, pressionando meu quadril, segurando a minha mão e me lembrando que aquela onda de tsunami estava passando. Obrigada por todo esse cuidado! Eterna gratidão.”  

Parto da Sarah, por Karina

Nossa Sarah nasceu naturalmente na manhã do último sábado de agosto de 2021, com 37 semanas e 5 dias, em um parto rápido para uma primeira gestação (aproximadamente 9 horas desde as primeiras contrações). Mas, esse relato de parto começa bem antes de 2h30 da madrugada quando acordei sentindo umas cólicas esquisitas. Esse relato de parto de inicia em 2013, quando conhecemos a Bia Kerselling em um grupo de estudos sobre a primeira infância. Nos encantamos tanto pelo modo como a Bia falava sobre os processos do pré-natal, do parto e do pós-parto que já dizíamos que se tivéssemos um bebê no futuro, ela iria cuidar da gente. O futuro se fez presente e no primeiro domingo de janeiro de 2021 descobrimos nossa gestação. Logo mandamos mensagem para a Bia e para a Desirée contando a novidade. A Desi foi uma indicação certeira da Bia para também cuidar da gente durante esse processo. A cada consulta de pré-natal com cada uma delas, íamos esclarecendo dúvidas, fortalecendo vínculos e entendendo mais como queríamos receber nossa neném. Queríamos um ambiente calmo, acolhedor, repleto de cuidados e respeitoso com nosso tempo.

Uma história de parto a jato

A maioria dos trabalhos de parto, em mulheres que vão ter seu primeiro filho, costuma durar de 12 a 18 horas (das primeiras contrações até nascer). Nossa, Carla, é muito tempo! Veja: você passou nove meses gestando seu bebê e será mãe dele ou dela para o resto da sua vida. Um dia é muito para parir? E quanto tempo a mulher precisa para dar significado àquilo que está acontecendo no seu corpo? Mas neste post vou falar dos partos a jato, aqueles fora da curva. Se a evolução for muito rápida, você e seu acompanhante sabem como agir? Sua doula conversou com vocês sobre os sinais de que está bem perto de nascer?

Anestesia: o que devo saber?

Antes de começar a falar sobre anestesia, é importante dizer: toda mulher deveria ter direito a métodos para alívio da dor no parto, sejam eles farmacológicos ou não. Isso, infelizmente, não é realidade em boa parte dos hospitais brasileiros. E, como o limite de dor é totalmente individual, também deveria ser decisão da própria gestante se vai tomar anestesia ou não (exceto, claro, nos casos em que a equipe médica indicar como intervenção necessária para o parto).

Relato de parto da Vanessa

Na última consulta médica, uma quarta-feira, já com 40 semanas e 5 dias, agendamos a indução do parto para a próxima quinta. Mas o plano era tentarmos fazer com que eu entrasse em trabalho de parto espontaneamente com massagens no colo do útero e acupuntura. Começamos a massagem já no mesmo dia e na sexta fiz a sessão de acupuntura e a segunda sessão de massagem do colo. Saí da obstetriz, a Priscila, com o plano de já fazer o shake com óleo de rícino no fim de semana e começar a usar os comprimidos de óleo de prímula. Chegamos em casa, eu e o Anderson, já por volta das 15h, e sentar pra almoçar já foi uma tarefa incômoda. Pensei: foi muito estímulo para um dia só! Coloquei um filme bem light no Netflix, Amor e Monstros, pra descansar um pouco. Ao longo do filme percebi que a cólica que eu estava sentindo já não estava constante, tinham intervalos de descanso. Baixei o aplicativo de contrações e comecei a anotar. De fato, as dores começavam a apresentar um padrão de intervalos de 6 e 7 minutos.

Reduzindo a percepção de dor no parto

A dor é uma experiência subjetiva influenciada por vários fatores, como atenção, emoção, crenças, cultura, expectativas. Se penso que estou em perigo, isso aumenta minha percepção de dor. A expectativa de sentir muita dor também pode ampliar minha percepção de dor. E, se coloco meu foco na dor, esse “holofote mental” pode fazer a dor crescer! O que pode reduzir a percepção de dor? Entre os recursos que são muito bem-vindos para esse propósito estão: mindfulness, foco (na respiração, por exemplo), hipnose, visualização.

Sobre doulas e sua rede de apoio

Uma doula precisa ter uma rede de backups de total confiança. Porque a gente nunca sabe quando o bebê vai nascer, né? E se eu não posso estar no parto, outra doula precisa ir no meu lugar. Com minhas backups, eu estou muito segura de que a parturiente se sentirá cuidada e acolhida. Claro que é difícil não acompanhar aquela mulher com quem você criou vínculo e que te escolheu. Mas, se fiz um bom trabalho, ela vai entender que o parto acontece no corpo dela e que a equipe está ali para apoiar suas escolhas.

Mindfulness como caminho para uma experiência positiva de parto

Acabo de me tornar instrutora certificada GentleBirth, um programa de preparação para o parto que reúne técnicas de mindfulness, hipnose e psicologia do esporte para proporcionar às mulheres uma experiência positiva de gestação, parto e pós-parto. Apoiado na neurociência e na obstetrícia baseada em evidências científicas, o GentleBirth ajuda na criação da resiliência emocional nas gestantes, dando confiança para lidar com os desafios que vão aparecer durante o processo. Também pode ajudar a:

Fernanda, mãe do Caio e da Malu

“Ontem foi dia da doula e, mesmo atrasada, não poderia deixar de homenageá-la. Carla Dieguez do Vem Nascer, que foi meu portal para a descoberta de um parto normal humanizado lindo, libertador e inesquecível, após uma cesárea. Foi fácil? Não! Mas ela esteve ao meu lado desde o início, me orientando, me mostrando evidências de que era possível, de que eu conseguiria, me encorajou, me mostrou o caminho a percorrer para me preparar física e emocionalmente para esse momento único na minha vida. Ela esteve ao meu lado na madrugada na minha casa, me acompanhando desde as primeiras contrações, me acalmando e me preparando para o melhor momento de ir ao hospital. E eu confiei, me senti tranquila, me entreguei aos seus cuidados. No momento mais difícil, das dores mais intensas, ela me confortou com seu abraço, aliviou minhas dores, segurou forte a minha mão para que eu não me entregasse, para que eu me mantivesse firme porque estávamos quase lá. E, no momento mais crucial, um “vai Fê, tá vindo, você consegue, traz seu filho pro mundo” era o que eu precisava pra tomar de novo as rédeas do meu parto e parir meu filho, logo depois das suas palavras! Carla, não me canso de te agradecer. Me emociono muito sempre que me lembro desse dia! Obrigada, obrigada e obrigada! Muito amor por você!” Fernanda Lima Inoguti, mãe do Caio e da Malu, parto normal hospitalar após uma cesárea  

O parto do Henrique

Escrevo esse relato 32 dias após o momento mais incrível e transformador da minha vida, o parto do Henrique. Antes de falar do parto em si, queria contar um pouquinho do que nos levou aquele momento. Primeiramente, descobrimos a gestação com 21 semanas. E, se você estiver se perguntando, como é possível? Calma, vou explicar. Tenho ovário policístico e a minha menstruação é super irregular. Além disso, tenho gastrite, o que me fez acreditar que todos os enjoos eram consequência disso. Fiz o teste de gravidez no início dos sintomas e havia dado negativo. Com crescimento do abdômen, resolvi refazer o teste e para a minha surpresa o resultado foi positivo.   Para aderir a uma rotina mais saudável, pesquisei na internet locais que ofereciam aulas de yoga e encontrei a Casa Moara, que, além das aulas de yoga, ministrava palestras informativas totalmente gratuitas. Logo, arrastei meu marido para assistir a uma dessas palestras e foi lá que conhecemos a minha doula Carla Dieguez.