Algumas palavras sobre parto domiciliar neste momento de pandemia

Há mais de cinco anos eu atuo como doula e, durante todo este tempo, sempre defendi a escolha informada das mulheres sobre o tipo de parto que queriam, onde e de que forma desejavam parir seus bebês. Estas palavras são para aquelas que já optaram pelo parto normal por ter a certeza de que é melhor e mais seguro para elas e seusfilhos. Então a pergunta é: onde parir? Em casa ou no hospital? A decisão de parir em casa precisa ser uma escolha consciente e orientada. Tem que fazer

Relato de parto do Bernardo, por Emilia

Tudo começou em setembro de 2018, quando, assim como quem não quer nada, Bernardo resolveu entrar nas nossas vidas. Exatamente como na minha primeira gestação (da Manu), engravidei muito rápido. Claro que é muito bom, mas acabo tendo dificuldade de realizar que realmente estou grávida! Iniciei o acompanhamento com a minha ginecologista e obstetra da época, que foi a mesma que quase fez o parto da Manu, mas como fomos para Salvador ela nasceu com um outro GO (ginecologista e obstetra) de lá. Tinha na minha cabeça uma certeza: dessa vez tinha que ser parto normal! A Manu quase foi; entrei em trabalho de parto, foram 12 horas entre saída do tampão e muitas contrações, mas no final, como ela não estava bem posicionada, acabei realizando a cesárea. Um pouco de desconhecimento meu na época sobre este tema do posicionamento, mas enfim.

Consumo de tâmaras na gestação acelera o parto?

Alguns obstetras que conheço vinham indicando tâmaras para as suas pacientes como forma de ter um parto mais rápido. Mas isso tem comprovação científica? A resposta é sim! Estive nos últimos quatro dias imersa no Siaparto – VI Simpósio Internacional de Assistência ao Parto. Em uma das palestras, a médica Ana Thais Vargas apresentou uma metanálise bem recente, de 2019, reunindo estudos realizados com 921 mulheres, em gestações com fetos únicos e cefálicos (posição de cabeça para baixo, mais

Recomendações da OMS: cuidado intraparto para uma experiência positiva de nascimento

No último domingo terminou mais uma edição do Siaparto – V Simpósio Internacional de Assistência ao Parto, aqui em São Paulo. Das cinco edições, participei de quatro, e sempre são dias de muito aprendizado e troca de experiências. Acesso a informações embasadas em evidências científicas (e não em “achismos” ou opiniões pessoais) para proporcionar às mulheres autonomia e protagonismo sobre seus próprios corpos. Uma das palestras que assisti foi sobre as novas recomendações da Organização Mundial de Saúde

Um caminho especial

Ontem completei 50 partos que atendi como doula. Em cada um deles, aprendi tanto sobre superação de limites, cura de feridas, entrega, perseverança, cumplicidade, medo e coragem. Acompanhar uma mulher em trabalho de parto exige tanta delicadeza! As 50 mulheres que tive a honra de ajudar a colocar um bebê no mundo me mostraram que cada parto é único e, por isso, meu olhar deve ser atento ao que cada uma precisa.

Vamos falar sobre a dor no parto?

Uma das perguntas mais frequentes que escuto quando falo sobre parto é: dói muito? Ou então: nossa, você pariu sem anestesia? Como aguentou a dor? Queria abrir este post com uma informação interessante. Vocês sabiam que em algumas tribos africanas a palavra “dor” não existe associada ao parto? Será que as mulheres africanas são tão diferentes de nós, fisiologicamente falando?

Nascimento da Nina, por Renata

Consulta sim, consulta não, eu perguntava ao obstetra como eu saberia a hora certa do parto e ele, na maior serenidade, sempre respondia: você saberá. Ele tinha razão! Aquela noite tinha sido diferente, agitada como nos últimos dias, eu sem posição por conta do barrigão, mas com sensações novas. 7:00 Pela manhã comecei a sentir algumas dores nas costas, eram contrações, mas não estavam ritmadas. Eu estava bem sensível, emocionada, chorosa. Meu marido se propôs a ficar em casa comigo, mas embora internamente eu quisesse, achei melhor deixá-lo ir ao trabalho. Podia ser só mais um dia de sensações diferentes. No final da tarde tínhamos consulta com o obstetra e nos encontraríamos. Passei o dia com dores, que iam e vinham. Em algumas delas eu precisava me concentrar, mas segui a vida: fiz unha, depilação, almocei, conversei com minha doula Carla Dieguez e fui ao médico.

O tempo do parto

Quanto dura o trabalho de parto? Essa pergunta, que tanto escuto das gestantes e seus companheiros, não tem resposta fácil. O trabalho de parto pode ser dividido em três estágios. O primeiro é a dilatação, composta pela fase latente, fase ativa e fase de transição. Na latência, o colo do útero amolece, afina e começa a dilatar. Não há um número de horas determinado para esta fase; ela pode durar poucas horas ou mais de um dia.

A hora de ouro do recém-nascido

Vocês já ouviram falar nesta expressão – hora de ouro? É a primeira hora de vida do bebê, momento de fundamental importância para facilitar a formação do vínculo mãe-bebê e contribuir para o sucesso da amamentação. Na primeira hora de vida, o recém-nascido está em estado de alerta, geralmente com os olhos bem abertos e um reflexo de sucção forte.