Em nosso País, a cesariana é realizada em 56% do total de nascimentos. Na rede privada, este número sobe para 84%. Segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), somente 15% dos partos deveriam ser feitos por meio desse procedimento cirúrgico.

Quando não tem indicação médica (real), a cesariana traz riscos desnecessários à saúde da mãe e do bebê: numa cesárea o risco de morte da mãe aumenta em 3 vezes e ela fica mais sujeita a complicações como perda de maior volume de sangue e infecções. Além disso, é ampliada em 120 vezes a probabilidade de desconforto respiratório para o recém-nascido (dados do Ministério da Saúde). O bebê tem mais chances de ir para uma UTI neonatal numa cesariana.

Pesquisa da Fiocruz divulgada em 2014 aponta que a maioria das gestantes brasileiras – quase 70% – querem ter um parto normal no início da gravidez. O que acontece no meio do caminho que faz com que, ao final da gestação, o percentual de cesarianas seja mais alto?